Menu fechado

Super 80: a heroína do audiovisual já te conquistou

Compartilhe

É um pássaro, é um avião, é o Superman?! Então é a Supergirl. Que Nada! Quem tem riscado o horizonte do audiovisual pop é a Super 80. A década tem servido de referência para séries e filmes com grande frequência nos últimos anos. Mas para explicar tal fenômeno seria preciso examinar as  mudanças na cultura e no próprio capitalismo. Algo inviável para esta coluna. Mas ainda assim, é possível lançar um olhar despretensioso sobre este cenário.

Imagem/Netflix

Lançada em 2016, a série Stranger Things, da Netflix, reviveu a época ‘oitentista’ e trouxe para os dias de hoje referências à produções do passado, muitas delas assinadas por cineastas como Steven Spielberg, nome conhecido por filmes como E. T. e os Os Goonies. Aventuras nas quais crianças e adolescentes enfrentam grandes desafios.

A série da Netflix tem um cunho sobrenatural e assume um teor mais sombrio e aprofundado. Provavelmente, com o intuito de também alcançar o público saudosista com mais de 30 anos. Uma ideia em diálogo com o marketing contemporâneo, pautado em conquistar consumidores por meio do engajamento afetivo.

Na linha do terror mais tradicional, a série American Horror Story (AHS), cujo título da temporada deste ano foi 1984, tem parte importante da trama ambientada na ‘super’ década. Além das inúmeras referências presentes na caracterização, no cenário e na trilha sonora, a obra também adota uma linguagem comum a títulos do slasher.

O slasher é um subgênero marcante do cinema oitentista, no qual figuras monstruosas matam jovens em série. O sangue costuma ficar evidente em mortes visualmente impactantes, algo peculiar a títulos de franquias como Sexta-feira 13, por exemplo.

>> Conheça agora American Horror Story
super_80_mulher_maravilha
Pôster de Mulher-Maravilha 1984 – Imagem/Warner Bros. Pictures

De volta ao universo do fantástico, por coincidência ou não, o segundo filme da Mulher-Maravilha tem por subtítulo, a data 1984.  Com estreia prevista para 2020, o longa exibe mais cores por conta da referência ao período representado. A atriz Gal Gadot encarna mais uma vez a destemida dona do laço da verdade.

Cenas de embate físico, mas com aprofundamento emocional e humor, assim é Glow. A série original da Netflix expõe a verdade das personagens, inclusive, com maior ênfase na terceira temporada. A comédia retrata o auge dos shows de luta-livre feminina nos anos de 1980 e revela os enfrentamentos destas mulheres.

Até produções mais populares como o filme Bumblebee, por exemplo, também bebe na fonte da Super 80. Ambientado nesse passado, o longa reproduz cenários e a atmosfera de aventuras audiovisuais típicas da época. Comovente, a obra busca cativar pelo coração. Diferente dos demais filmes de Transformers, mas que só pelo título já remetem a década.

>> Confira a resenha crítica sobre Bumblebee

Mas se hoje os anos de 1980 servem de referência, qual será o passo de amanhã? O que significa tanto saudosismo, seria o medo de envelhecer das crianças de outrora? É possível ser saudosista de uma época que não foi vivida? Semanticamente é algo duvidoso, mas este não é o foco. Como a segunda década dos anos 2000 será vista por gerações futuras?

Questionar esse reboot da década de 1980 no audiovisual é importante e buscar por respostas faz parte de um processo de auto-conhecimento e, por conseguinte, de evolução. Mas, neste trajeto, nada impede que você aprecie os efeitos prazerosos desta super-heroína.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *