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Sob a direção de Heitor Dhalia, ’12 Horas’ não faz feio, mas também não inova

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Dirigido pelo brasileiro Heitor Dalia, 12 Horas (Gone) investe nas mesmices do gênero, o que não impede que o filme cumpra a função e mantenha o telespectador atento do começo ao fim. O thriller tem um plot simples que até funciona, Jill considerada  desequilibrada afirma ter sido sequestrada por um assassino em série, mas é desacreditada por todos, até o dia em que a irmã dela desaparece.

Imagem/Paris Filmes

Na verdade essa dúvida fica até o fim do filme, mas apenas para os policiais que nem sequer investigam o sumiço da moça, o que não faz sentido. Mas isso alimenta a raiva da platéia e gera comentários de indignação.

Em uma corrida contra o tempo, a protagonista vivida por Amanda Seyfriedi fará de tudo para encontrar o criminoso que ela acredita ter sido responsável pelo sequestro de Molly (Emily Wikershan). Durante a narrativa são exibidos flashes do cativeiro de Jill, que revelam e justificam situações e comportamentos. O que não é um modo ‘muito’ criativo, mas ao menos explica a trama.

A notícia de Heitor Dalia a frente da produção cinematográfica gerou muitas expectativas, até porque o último trabalho do diretor, À Deriva (2009), foi bem recebido pela crítica. Mas em 12 Horas ele não participou da roteirização e teve seu trabalho supervisionado por um produtor.

Imagem/Paris Filmes

Não se espante se a trama lembrar o caso da heroína de ‘Beijos que Matam’ (1997) que consegue escapar de um cativeiro ou o método de manter as vítimas presas num buraco de ‘O Silêncio dos Inocentes’ (1991). Ao contrário desses filmes, 12 Horas não inova ou investe no suspense estilo quebra-cabeça. Até porque ser criativo no gênero é algo cada vez mais difícil.

Com muito esforço, Amanda Seyfried conquista a simpatia da audiência, mas é inevitável a comparação com atrizes como Jodie Foster, Juliane Moore e Ashley Judd que já protagonizaram longas do tipo e nesse quesito a novata perde por muitas léguas de distância.

Não há nada do que se envergonhar! 12 horas não faz feio, é apenas mais do mesmo. Ele cumpre o papel, mantém o interesse do público do começo ao fim. É uma opção válida para o final de semana.

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