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(Review) A Grande Aposta: tema complexo retratado sob perspectiva arrojada e dinâmica

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Apesar do contexto complicado de forte aporte nos conhecimentos sobre economia e práticas do mercado, sob a direção de Adam McKay, A Grande Aposta resulta em roteiro e edição arrojados o bastante para transpor tal barreira e lançar um olhar ousado, irreverente e crítico sobre os momentos que antecederam a grande crise financeira de 2008 nos Estados Unidos.
Imagem/Paramount Pictures
Estrelado por Christian Bale, Steve Carel, Ryan Gosling e Brad Pitt, o longa narra a trajetória de diferentes investidores com a mesma atitude arriscada, a de apostar contra o até então sólido mercado imobiliário norte-americano. Ainda no elenco, John Magaro e Finn Wittrock interpretam os ‘peixes pequenos’ que também se aventuram nesta estratégia.  
 
“A verdade é como poesia e a maioria das pessoas odeia poesias”, citações como esta surgem na tela e parecem pontuar ainda mais a narrativa repleta de experimentações, com o uso de imagens de apoio que contextualizam o momento vivido, algumas marcadas por senso de humor, inclusive, retratando o cenário cultural daquele período. 
 
Nesta linha de ousadias, os atores ainda quebram com a ideia da quarta parede (imaginária) e olham para a câmera, a atitude proporciona maior engajamento e até mesmo uma estranha sensação de compromisso com a verdade, junta-se a isso as variadas tentativas de simplificar a difícil linguagem da economia e do mercado de ações, disposta em termos como CDS (credit deafut swaps).
Imagem/Paramount Pictures
Imagem/Paramount Pictures
Imagem/Paramount Pictures

Talvez, este seja o único problema do filme, o entendimento deste universo repleto de siglas e conjecturas relacionadas ao setor financeiro, portanto, é possível que algumas sequências sejam mais nebulosas. Ainda assim, as reiterações bem-humoradas e experimentais podem esclarecer os processos fundamentais desta empreitada.

 Elenco afiado, personagens centrais bem explorados, edição rápida e eficaz, fotografia condizente com a proposta mas ainda assim perceptível. Baseado no livro de Michael Lewis, Adam Mckay assina o roteiro junto com Charles Rudolph desta adaptação cinematográfica irreverente e bastante crítica. Vale a pena conferir!
 

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